A manutenção do status internacional de área livre de febre aftosa sem vacinação, deve ser a principal pauta da pecuária rondoniense, segundo avaliou o assessor estratégico da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural – Emater Rondônia, José de Arimateia da Silva. “A mesma atenção dada ao assunto pelo Governo do Estado deve ser mantida pelas organizações, produtores rurais e empresas ligadas ao setor pecuário”, acentuou.
Abordando questões ligadas ao “Papel da Extensão Rural na Manutenção de área livre de Febre Aftosa sem vacinação”, José de Arimateia será um dos palestrantes que destacará a importância do tema, durante o 5º Fórum Rondoniense sobre a Manutenção de Área Livre de Febre Aftosa sem Vacinação, que acontece no dia 24 deste mês, das 9h às 12h, dentro da programação da 10ª Rondônia Rural Show Internacional, no Centro Tecnológico Vandeci Rack, em Ji-Paraná. O Fórum é aberto ao público e deve contar com a presença de pecuaristas, estudantes e autoridades políticas.
DADOS
Questionado sobre o papel da extensão rural relacionado ao assunto, José de Arimateia explicou que, há 51 anos a Emater faz prestação de serviço de educação não formal, de caráter continuado, e com profissionais multidisciplinares: médicos veterinários, engenheiros agrônomos, zootecnistas e técnicos agropecuários, nos 52 municípios. Presta assistência técnica e extensão rural a aproximadamente 40 mil famílias, “desse total, 73% têm pecuária leiteira e 40% atuam também com pecuária de corte. Entre as orientações, uma de nossas prioridades é a manutenção de área livre de febre aftosa sem vacinação, seguindo as recomendações do Ministério da Agricultura e Pecuária – Mapa e da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril – Idaron”, destacou.
Para o governador, Marcos Rocha, Rondônia é um exemplo para as demais regiões que procuram alcançar o status de área livre de aftosa sem vacinação, e um caso de sucesso para os estados que integram a Amazônia Legal. “Com investimentos bem direcionados e políticas públicas assertivas, conseguimos aumentar a produção e diminuir o desmatamento, feito que só foi possível, com o empenho de todos os atores envolvidos no processo de otimização do sistema produtivo, seja no fomento ou na manutenção da sanidade do que é produzido”, afirmou.
ECONOMIA
O compromisso assumido pelos órgãos estatais e pela iniciativa privada, ainda relacionado à manutenção da área livre de aftosa sem vacinação, segundo o presidente da Idaron, Julio Cesar Rocha Peres, impacta diretamente na economia e repercute nacionalmente, uma vez que, desde 2021 Rondônia está em 1º lugar na região Norte, como maior exportador de carne bovina, sendo o 6º maior exportador do Brasil, ficando atrás apenas dos estados de São Paulo, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, respectivamente.
“De 2019 a 2022, Rondônia exportou um total de 2,9 bilhões de dólares. Neste ano, de janeiro a março, já foram exportados mais de 180 milhões de dólares. São negócios que, invariavelmente, estão ligados ao status sanitário conquistado por Rondônia junto a Organização Mundial de Saúde Animal – OMSA”, salientou o presidente da Idaron.
FÓRUM
Na programação do 5º Fórum Rondoniense estão previstas palestras com Otamir Cesar Martins, diretor-presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná – Adapar, e José de Arimateia da Silva. Ao final haverá uma mesa redonda com a participação de representantes da Emater/Rondônia, Adapar, Idaron, Fundo Emergencial de Febre Aftosa do Estado de Rondônia – Fefa, Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Rondônia – Faperon e Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Rondônia – Fetagro, para discussão, esclarecimentos e perguntas aos palestrantes (presencial e via chat).
Fonte
Texto: Toni Francis
Fotos: Daiane Mendonça / Arquivo
Secom - Governo de Rondônia